6 September 2019

nova morada :: new address


Este blog tem uma nova casa e um novo propósito (como eu tinha referido há um ano). Espero que gostem e que continuem a acompanhar-me por lá.

Bem hajam (como se diz por aqui)!

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This blog has a new home and a new purpose (as I mentioned a year ago). I hope you enjoy and continue to accompany me there.

Hope to see you there!


20 March 2019

Primavera :: Spring



Tal como as andorinhas, retorno na Primavera...

Não se esqueçam de olhar para o céu, hoje a lua está ainda mais especial!

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Like swallows, I return in Spring...

Don't forget to look at the sky, today the moon is even more special!

28 September 2018

balanço - outono :: taking stock - autumn

countryside life, simple living
countryside life, simple living
countryside life, simple living

Apesar de - aqui - parecer que o Outono ainda não chegou, eu sei que o Verão está a acabar. E, tal como “previ”, foi, para nós, um Verão fantástico!

O nosso segundo Verão, aqui.

Se há um ano estávamos a instalar-nos, a conhecer as redondezas e a criarmos uma nova dinâmica familiar, este ano já temos um grupo de amigos com quem partilhar momentos de lazer (e não só), já temos os nossos lugares preferidos, já começámos a dar forma ao nosso sonho.

Já nos sentimos parte desta terra.

E eu, que continuo a ser mais dos dias frios, aguardo que passe o calor, para sair da minha “hibernação inversa” (na falta de uma palavra apropriada…) e (re)começar uma série de projectos que fervilham na minha cabeça.

Bom Outono!

A fazer sabão, sabão, sabão 
A cozinhar com muita abóbora
A beber sumo de maçã
A (re)ler livros de cosmética e higiene natural
A procurar fotografias recentes em que eu apareça (isto de ser a fotógrafa…)
A querer fazer umas arrumações por aqui 
A olhar para os meus pés descalços a aproveitarem as últimas semanas de “liberdade”
A decidir o nome do nosso pedacinho de terra (nunca foi baptizado)
A desejar ser este o Outono em que me vicio no tricot
A apreciar colher fruta das nossas árvores
A esperar a chegada do meu novo sobrinho
A gostar de trabalhar com uma nova amiga
A sonhar pouco (que me lembre) durante o sono. A sonhar muito, acordada
A adorar ver o nosso dome a tomar forma
A ouvir, deliciada, o reportório linguístico da minha filha (com melhoramentos diários)
A considerar novos desafios profissionais
A ver este programa sobre construção off the grid
A pensar, enquanto olho para a Íris com o pai, em como a genética é algo incrível 
A maravilhar-me com os Freixos que existem no nosso terreno
A precisar que realmente chegue o Outono
A cheirar os óleos macerados que tenho estado a coar e a armazenar
A usar, para lá (será?) do limite, as t-shirts de andar por casa
A seguir esta família
A reparar que uma das coisas que gosto mais, vivendo aqui, é mostrar as maravilhas desta terra a quem nos visita
A conhecer os nossos (em breve) vizinhos. Quase todos com mais de 80 anos
A admirar, ainda mais, esta mulher, que nunca conheci pessoalmente, mas que acompanho há anos
A organizar (colher, limpar e secar) sementes para a nossa futura horta
A preparar a planificação que quero seguir nos próximos meses
A comprar novelos de lã (lindos e artesanais) 
A marcar os mesmos livros de há 3 meses
A não gostar de andar a falhar na minha prática de yoga diária
A abrir o armário da minha filha e a perceber que só usou umas 5 peças de roupa este Verão (como podem ver por aqui…). Ainda bem que é tudo dado ou emprestado
A sentir-me muito afortunada pelas pessoas que entram na nossa vida
A cobiçar esta revista
A petiscar figos e amoras

Aqui podem ver os "balanços" anteriores.
Aqui têm uma lista em branco para copiarem e preencherem, se quiserem experimentar!

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Even though it seems - around here - that the autumn has not arrived yet, I know that summer is almost gone. And, as I "predicted", it was an amazing summer for us.

Our second summer, here.

If a year ago we were settling down, discovering the surrounding, and creating a brand new family dynamics, this year we already have a group of friends with whom we share leisure time (but not only). We already have our favorite places. We already started to give shape to our dream.

We already feel part of this land. 

And me, the one who still prefers the cold days, I look forward to get out of my "reverse hibernation" (in the absence of an appropriate word...) and (re)start a variety of projects bubbling in my head.

Happy autumn!  

Making soap, soap, soap
Cooking with loads of pumpkin 
Drinking apple juice 
(Re)Reading books of cosmetics and natural hygiene 
Searching for recent pictures of me (this thing of being a photographer...)
Wanting to make some arrangements around here
Looking to my bare feet enjoying their last weeks of "freedom"
Deciding the name of our little piece of land (it was never baptized)
Wishing that this is the autumn that I'll become addicted to knitting 
Enjoying to collect fruits from our trees 
Waiting our new nephew's arrival 
Liking to work with a new friend 
Wondering a lot, awake. Dreaming not so much, during sleep (as far as I remember)
Loving to watch our dome gaining shape
Listening, delighted, my daughter's linguistic repertoire (with daily improvements)
Considering new professional challenges
Watching this TV show about building off the grid
Thinking how genetics can be something amazing - while I look to Iris with her father 
Marveling with the Ash trees in our land
Needing that autumn arrives, for real
Smelling the macerated oils that I've been straining and storing 
Wearing, beyond the limit (really?), my household t-shirts 
Following this family 
Noticing that one of the things I love most, living here, is to show the wonders of this land to those who visit us
Knowing our (any time soon) neighbours. Most of them  with more than 80 years old 
Admiring, even more, this women that I've been following for years, though I've never met her personally  
Organizing (collecting, cleaning and drying) seeds to our future vegetable garden
Preparing the planning I want to follow in the next few months 
Buying woolen balls (beautiful and artisanal)
Bookmarking the same books from 3 months ago 
Disliking to fail my yoga daily practice 
Opening my daughter's closet and realizing that she only put on 5 garments (as you can check here). Gladly, it's all given or borrowed
Feeling very fortunate for the people entering into our life 
Coveting this magazine 
Snacking figs and blackberries 

Here you can see the previous "taking stock".
Here you have a blank list to copy and fill if you want to try it!

5 September 2018

ter um blog ou não :: to have a blog or not

window beira baixa

Nas últimas semanas tenho-me questionado se faz sentido ter um blog, nos dias que correm. Eu, que desde que descobri este mundo, fiquei viciada em blogs… Eu que, ironicamente, estou a renovar este blog (está quase, quase).

Muitos dos blogs que sigo estão parados (e não é “aquela coisa do verão”…). Outros estão cheios de posts patrocinados, de forma mais ou menos velada. Uns quantos (principalmente americanos, é verdade) estão inundados de publicidade (de tal forma que nem encontramos os posts, no meio de tantas janelinhas a piscar).

Não tenho nada contra quem ganha a vida através dos blogs, a sério que não! Mas tenho saudades de tempos mais inocentes, em que os blogs eram simplesmente janelas para outras pessoas, outros mundos. Em que não importava o “crescimento” do blog.  Escrevíamos porque sim, para nós, e para quem mais aparecesse. Tempos em que “conversávamos” nos comentários dos posts...

Agora vemos os posts através do Instagram - que passou a ser a nossa janela - e se queremos dizer alguma coisa, é lá que escrevemos. Aliás, há quem faça da sua conta do Instagram uma espécie de blog.

Continua a fazer sentido ter um blog? Estão os blogs a morrer?

Parece que não. A mudar, a evoluir, sim, estão, acompanhando - claro - os tempos. Estes tempos em que se fala muito em abrandar, mas em que (quase) tudo muda rápido. Em que um post é algo estático, muitas vezes extenso, e há um mundo de imagens e vídeos a fervilhar pelas redes sociais: a cada minuto, a cada segundo.

Será que, por estes dias, ter um blog é ser contracorrente? Ou apenas um modo de estar no mundo virtual que ainda se vai manter durante uns tempos, qual avó activa e “boa onda”, rodeada de netos efervescentes?

Eu defendo a segunda hipótese. Para mim, um blog continua a fazer sentido. Eu gosto de escrever: sem restrição de caracteres, com as duas mãos sobre o teclado do computador; gosto de partilhar: o que vou aprendendo, o que penso que poderá ser útil para mais alguém.

Por isso, sim, vou continuar por aqui. Principalmente agora, que encontrei um  novo objectivo para este blog (já disse que está quase, quase?...). Vou alterar a minha forma de “estar num blog”? Não sei, talvez: ando a aprender coisas novas, porque - lá está - a inocência já se foi, e eu sei que há mais num blog do que o que parece à primeira vista. Mas quero (vou!) continuar a ser transparente, directa e… eu mesma.

Ah! E vou ser mais activa nas minhas visitas aos blogs de que gosto, vou deixar de ser preguiçosa na hora de deixar um comentário... Prometo!

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In the last weeks I’ve been questioning myself if it makes sense to have a blog in nowadays. Me, the one who became addicted to blogs from the moment I discovered this world… Ironically, the one renewing this blog (it’s almost, almost).

Several blogs I follow are stuck (and it’s not a ‘summer thing’…). Others are full of sponsored posts, even if in a veiled way. Others (mainly Americans, it’s true) are flooded by publicity (in such a way, that we hardly find the posts in the middle of so many flashing little windows). 

Nothing against those who make a living through blogs; seriously! But I do miss those more innocent times, when blogs were like a window to other people, to other worlds. When the blog’s growth did not matter. We wrote just because; for ourselves, and for whoever showed up. Times in which we’d ‘talk’ in the posts’ comments…

Now we see the posts through Instagram – which became our window. Where we write, if we want to say something. Indeed, there are people who make a kind of blog from their Instagram account.

Does it still make sense to have a blog? Are blogs dying?

I don’t think so. Changing, evolving, yes, they are. Keeping in step with the times – of course. These times with so much talk about slowing down; but at the same time (almost) everything changes so fast. Wherein a post is something static, often extensive, and there is a world of images and videos boiling over the social networks: each minute, each second…

I wonder if having a blog is an upstream thing? Or just a way of being in the virtual world, which will still remain for a while; an active and ‘good wave’ granny, surrounded by effervescent grandchildren speaking…

I defend the latter. For me, a blog still makes sense. I like to write: without characters restrictions, with both hands over the keyboard; I really enjoy to share: what I’m learning, the things I believe that might be useful to someone else.

Thus, yes. I’ll carry on around the block. Specially now, that I found a new goal for this blog (did I already said that it’s almost, almost?). Will I change my ‘way of being in a blog’? I don’t know. Maybe. I’ve been learning new things… somehow the innocence is lost, and now I know that there is so much more in a blog that what we see in a first glance. But I want (and I will!) to remain transparent, straightforward and… be myself.  

Ah! And I’ll be more active on my visits to the blogs that I like. I won’t be lazy when leaving a comment… I promise!

16 August 2018

dois anos :: two years

iris - wild child - countryside life

Apesar de ter nascido no Norte, a nossa menina já é Beirã. Já é mais destes planaltos graníticos do que do oceano revolto que a viu nascer.

Sempre ouvi dizer que das Beiras saíram grandes homens.

Ao olhar para a nossa menina a percorrer, afoita (e nua...), os caminhos agrestes das redondezas, sinto-me feliz ao vê-la crescer aqui, onde o ar é puro, os horizontes largos e a terra sã.

E que o crescer aqui a faça forte, genuína, leal, resiliente, justa.

E se um dia partir E quando partir, terá a têmpera dos Beirões e será do tamanho que quiser.

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Despite being born in the North, our girl is already a "Beirã" (the term use to identify who is from this region). She's more of these granite plateaus than of the turbulent ocean that saw her birth.

I have always heard that great men came out of this region.

As I look at our little girl, walking reckless (and naked ...), the wild paths of our surroundings, I'm happy to see her grow here, where the air is pure, the horizons wide and the soil healthy.

And I hope that growing here makes her strong, genuine, loyal, resilient, fair.

And if one day she leaves And when she leaves, she will have the temper of the "Beirões" and she will be of the size that she wants.

3 July 2018

balanço - verão :: taking stock - summer

azores florest father and daughter

Junho foi um mês bem cheio para nós. Como andávamos a cirandar, quase nem demos conta da chegada do verão. Mas saímos de casa a usar camisola e botas e quando voltámos já estava calor (muito mais do que) suficiente para andarmos descalços, dormirmos de janela aberta e mergulharmos nas águas do lago. Prevejo um verão cheio de novidades, actividades e outras coisas mais...

A fazer uma boneca de pano 
A cozinhar o menos possível, porque o calor já chegou
A beber muita, muita água
A ler vários livros sobre plantas medicinais
A procurar quem saiba construir com as técnicas tradicionais
A querer fazer mais algumas mudanças na minha alimentação 
A olhar para a minha pequenina, com muita apreensão pelo futuro (até uma eterna optimista tem momentos assim, não é?)
A decidir os últimos pormenores no projecto da nossa casa (pelo menos os últimos desta fase inicial…)
A desejar conseguir “despachar” a praga que está a assolar as minhas suculentas
A apreciar a companhia de uma amiga de sempre e que agora está por perto
A esperar pelo dia em que vamos fazer a primeira construção no nosso terreno (está quase, quase!)
A gostar do que estou a fazer para oferecer à minha menina no seu aniversário
A sonhar, e a planear com outras mães, uma nova escola
A adorar a temperatura da água do “nosso” lago
A ouvir, com a Íris, músicas da minha infância (algumas bem politizadas, ou não fosse eu filha da revolução…)
A considerar pintar o cabelo (está tão escuro!), algo que só fiz uma vez, há muitos anos
A ver vídeos no youtube (que mundo!) sobre auto construção
A pensar nas férias. Ou melhor, a pensar em como já há muitos anos que não sinto a necessidade de férias. Não porque não goste de viajar e conhecer outras culturas, outras realidades, mas porque não sinto que precise de um “escape” à vida que levo
A maravilhar-me (é uma constante) com a evolução deste ser humano pequenino que temos à nossa guarda
A precisar de redes mosquiteiras nas janelas
A questionar a minha sanidade mental (e a minha mania de querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo).
A cheirar o sol (na terra, na roupa, na pele)
A usar roupa levezinha
A seguir a Nicola (e a sentir vontade de voltar à Austrália)
A reparar que aqui - nesta terra, neste momento - é a primeira vez que sinto que pertenço a um lugar. É a primeira vez que, ausentando-me, sinto saudades de um lugar (e não apenas das pessoas ou do lar)
A conhecer mais pessoas lindas que se estão a mudar para cá
A admirar o ser humano com quem partilho a vida 
A organizar as fotografias que tirei durante a nossa última viagem (e a ver se recomeço a fazer álbuns físicos)
A preparar a visita de alguns familiares e amigos
A comprar ferramentas agrícolas 
A marcar este livro
A não gostar de (ainda) não me conseguir organizar “em modinhos” (e aquela mania de querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo de que falei ali atrás…)
A abrir caminho por entre as ervas espontâneas do nosso terreno (e onde já descobri - com a ajuda de quem percebe - aveia!)
A sentir muitos apertos fortes no coração (daqueles que nos dão calafrios e nos embrulham o estômago) com estas notícias
A cobiçar nada, nada, nada. E grata pelo que tenho e por quem tenho.
A petiscar granola

Aqui podem ver os "balanços" anteriores.
Aqui têm uma lista em branco para copiarem e preencherem, se quiserem experimentar!

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June was a busy month for us. As we were traveling, we hardly noticed the arrival of summer. But we left the house wearing a sweater and boots and when we got back there was enough heat (much more than enough) to walk barefoot, sleep under an open window and soak in the waters of the lake. I foresee a summer full of news, activities and other things...

Making a rag doll
Cooking as little as possible, because the heat has arrived
Drinking loads of water
Reading various books on medicinal plants
Searching for someone who knows how to build with by traditional techniques 
Wanting to make some more changes in my diet
Looking at my baby girl, with a lot great deal of apprehension about the future (even an eternal optimist has such moments like this, right?)
Deciding the last details in the project of our house (at least the last of this initial phase...)
Wishing to "dispatch" the plague that is ravaging my succulents
Enjoying the company of an old friend that now is living near by
Waiting for the day when that we are going to make the first construction in our land (it’s we’re almost there!)
Liking what I'm doing to give to my babygirlbaby girl on her birthday
Wondering, and planning with other mothers, a new school
Loving the water temperature of "our" lake
Listening, with Íris, songs from my childhood (some very politicized: I was a child of the revolution...)
Considering painting my hair (it's so dark!), something I did only once, many years ago
Watching videos on youtube (what a world!) about self-construction
Thinking about vacations. Or rather, thinking about how – for many years now - I don’t feel the need of vacations. Not because I don’t love traveling (and learning about other cultures, other realities) but because I don’t need an escape from the life I havelead.
Marvelling (it’s a constant) with the evolution of this tiny human being that we have on our guard
Needing mosquito nets on all the windows
Questioning my sanity (and my craze of wanting to do many things at once)
Smelling the sun (on earth, on clothing, on skin)
Wearing light clothes
Following Nicola (and feeling like returning to Australia)
Noticing that here - on this land, at this moment - is the first time that I feel that I belong to a place. It’s the first time that, being absent, I miss a place (not just people or home)
Knowing more beautiful people who are moving here
Admiring the human being with whom I share this life
Organizing the photos I took during our last trip (and seeing if I start making physical albums again)
Preparing the visit of some family and friends
Buying farm tools
Bookmarking this book
Disliking (still) not being able to proper organize myself (and that craze of wanting to do many things at the same time that I spoke back there...)
Opening way through the spontaneous herbs of our land (and where I’ve already discovered - with the help of a knowledgeable person  - oats!)
Feeling a lot of strong grip on my heart (of those who which give us shivers and wrap our stomachs) with this news
Coveting nothing, nothing, nothing. And grateful for what I have and for whom I have
Snacking granola

Here you can see the previous "taking stock".
Here you have a blank list to copy and fill if you want to try it!

20 June 2018

mais 20 coisas sobre mim :: 20 more things about me

Iris - countrysidelife

Tal como há 2 anos, neste último dia de primavera, em que celebro mais um ano neste belo planeta, deixo-vos mais 20 factos sobre a minha pessoa (por este andar, daqui a uns aninhos, sabem tudo sobre mim…):

01 - sou mais de sombra do que de sol (a não ser que este seja suave, suave);
02 - adoro nadar. Aprendi com o meu pai, nas águas de Tavira, quando tinha 3 anos. Andei 10 anos na natação. Para mim, nadar é sinónimo de liberdade;
03 - sou a mais velha de três irmãos;
04 - tenho que arrumar os livros com as palavras nas lombadas todas viradas para o mesmo lado (mesmo que implique ficarem “de cabeça para baixo”);
05 - não gosto nada, nada, de cor-de-rosa bebé;
06 - nunca vi um filme de terror (nem pretendo ver);
07 - adoro usar reticências...;
08 - entre os 10-13 anos queria ser bióloga. O ter ouvido “vais acabar professora” pode ter contribuído para o esvanecer do entusiasmo;
09 - gosto de subir às árvores;
10 - não gosto de café e este afecta-me o sono (na faculdade bebia café quando precisava de fazer directas…);
11 - estudei piano até ao 6º ano do conservatório;
12 - eu e o Zé Manel conhecemo-nos desde os 15 anos;
13 - não gosto de ter nada (ficheiros, pastas) no desktop do meu computador. No máximo dos máximos (assim, em alturas de loucura), uma fila de um dos lados;
14 - não fiz a 1ª classe (agora 1º ano);
15 - para mim só há duas formas de comer pão: fresquíssimo ou torrado (“este pão é de ontem, ainda está bom” é algo que não me devem dizer);
16 - não gosto do meu segundo nome, Luísa (e para quê, um segundo nome, para quê???);
17 - dou aulas de yoga há 14 anos;
18 - nunca leio só um livro. O mais habitual é estar a ler, simultaneamente, uns três ou quatro. Escolho qual vou ler conforme a altura do dia, ou a disposição do momento;
19 - ainda tenho um dente de leite;
20 - nunca tive um contracto de trabalho (ai, essa “maravilhosa” invenção portuguesa chamada “recibos verdes”…).

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Just like 2 years ago, on this last day of spring, when I celebrate another year on this beautiful planet, I leave you 20 more facts about me (at this rate, by the end of this you'll know everything about me...):

01 - I'm more of shade than of sun (unless it's a mild sun);
02 - I love swimming. I learned with my father in the south of Portugal, when I was 3 years old. I was in a swimming sports club for 10 years. For me, swimming is freedom;
03 - I'm the eldest of three brothers;
04 - I have to arrange the books with the words on the spines all facing the same side (even if this means they are "upside down");
05 - I really don't like pink;
06 - I've never seen an horror movie (nor do I intend to see);
07 - I love to use ellipsis...;
08 - between 10-13 years I wanted to be a biologist. Listening "you're going to end up a teacher" may have contributed to the enthusiasm’s fading;
09 - I like to climb trees;
10 - I don't like coffee and it affects my sleep (in college I drank coffee when I needed to stay up all night...);
11 - I studied piano until the 6th year of the conservatory;
12 - Me and Zé Manel have known one other since the age of 15;
13 - I don't like having anything (files, folders) on my desktop. At maximum maximums (thus, at times of madness), a row in one side;
14 - I skip 1st grade;
15 - for me there are only two ways to eat bread: fresh or roasted ("this bread is from yesterday, it's still good" is something you shouldn't say to me);
16 - I don't like my second name, Luísa (and for what, a second name, for what ???);
17 - I started teaching yoga 14 years ago;
18 - I never read only one book. The most usual thing is to be reading, at the same time, about three or four. I choose which I will read according to the time of day, or the mood of the moment;
19 - I still have a milk tooth;
20 - I never had a work contract. 

5 June 2018

aproveitar o tempo :: making good use of time

beira baixa countryside simple life

Aproveitar o tempo!
Ah, deixem-me não aproveitar nada!
Nem tempo, nem ser, nem memórias de tempo ou de ser!...
Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa,
A poeira de uma estrada involuntária e sozinha,
O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras,
O pião do garoto, que vai a parar,
E oscila, no mesmo movimento que o da alma,
E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.

                                          Álvaro de Campos

(o poema completo aqui)

::

Making good use of time!
Ah, let me make good use of nothing!
Not time, not being, not memories of time or being!
Let me be a leaf on a tree, tickled by a breeze,
The mindless autonomous dust on a road,
The random rivulet running at rain’s end,
Tracks on the road lasting till the next wheel comes,
A trudging drifter who stops in his tracks
And sways with the same movement as the earth’s
And shudders with the same movement as the soul’s
And falls, like the gods fall, on Destiny’s floor.

                                          Álvaro de Campos

(the complete poem "Annotation" here)